A Juventude e a Tsiniut

São muitas as escolhas que o mundo oferece aos jovens, que normalmente estão cheios de disposição para descobrir o que a vida pode lhes oferecer. O problema está nas conseqüências futuras de cada atitude, por isso somos aconselhados a refletir: “Alegra-te jovem na tua juventude e recreie-se o teu coração nos dias de tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe porem que de todas estas coisas Deus te pedira contas” O modo como vestimos e nos portamos diante das pessoas acaba por revelar nossa personalidade. Nosso comportamento fala muito mais claramente do que as nossas palavras. Para aqueles que se dizem servos do Eterno, e professam uma fé no MashiachYeshua, andar de acordo com Tsiniut (modéstia, recato, discrição) faz parte do testemunho que de nós é requerido. Claro que a Tsiniut serve para todas as idades, mas é na juventude que definimos como queremos que as pessoas nos vejam.
Veja o que nos diz a Torah com relação à vestimenta e a Tsiniut: “Não haverá traje de homem na mulher, e não usará o homem vestido de mulher, porque abominável é ao Eterno, te Deus, todo aquele que faz isso”. Não há desculpas para tal atitude, dizendo que existem calças para mulheres, ou coisa semelhante. Vejamos o comentário de um livro escrito por uma mulher judia: Esta diferença pode ser vista em ‘quem veste a calça’. A calça mais do que a saia, delineia e enfatiza certas partes do corpo. (É claro que calças largas podem marcar menos o corpo do que uma saia justa, mas uma saia um pouco, mas larga é mais ‘discreta’ do que ambas)” Além do espelho, pag. 35, de GilaManolsom)
A mulher que deseja agradar ao Eterno, e obedecer ao mandamento, não usa trajes masculinos, nem fica criando subterfúgios para usar calças. Há um ditado que diz: “Você é aquilo que você veste!” Quem usa trajes indecorosos, quer seja saia curta, justa, transparente, roupas decotadas, veste-se para seduzir, tornando-se meramente ”objeto de desejo”. Depois não adianta reclamar em ser tratada como objeto, a que vale também para homens, ao se vestirem para exibir seus corpos. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus...” (I Pe 3:3-5) “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos mas (como convém a mulheres  que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” (I Tm 2:9,10) Devemos ser discretos não somente no modo de vestir mas em toda nossa aparência modo de falar e agir, Tsiniut não é apenas roupas, mas um estilo de vida, um modo de viver discreto recatado e simples. Toda beleza da mulher deve ser guardada para seu marido, dentro dos muros da sua casa. Enfeitar-se para ser vista pelos outros não combina com uma serva do Eterno. Por isso o uso de joias, pinturas, esmaltes e similares nada são do que uma forma de “chamar a atenção” e vão contra os princípios da tsiniut. Nosso modo de viver, de trajar e de ser deve refletir o nosso interior, pois fato de homens e mulheres usarem de artifícios para querer ser mais bonitos, acaba por revelar a concupiscência que existe dentro de cada um. Que tipo de instrumentos somos nós? Somos mesmos templos de Ruach HaKodesh? Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espirito de Santo, que esta em vós, o qual tendes da parte de Deus e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço. Agora pois, glorifiquem a Deus no vosso corpo.” (I Co 6:19,20) As mulheres não devem ver tais recomendações como algo negativo vindo do ministério, mas como zelo, e bom censo pois o melhor é obedecer: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois vela por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.” (Hb 13:17) Muitas vezes, nossas vestes estão decentes, mas nossas palavras nos condenam: “Agora porém, despojai-vos igualmente de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.”  (Cl 3:8. Ver Ef 4:29 e 5:4)Saber se portar discretamente, falar em tom baixo e suave, sem escândalos, também demonstram sabedoria: “O sábio de coração é chamado prudente, e a doçura no falar aumenta o saber... Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Pv 21:24)
Muito mais do que um tipo de vestuário, também com a maneira de agir, com o devido bom censo, a maneira de falar, de cuidar do corpo e referir-se às pessoas, de forma amável, justa e com prazível. Quanto as nossas ações e tratamento, seja com as pessoas seja com nosso corpo, seja na rua ou dentro de casa. Para que sejamos bem sucedidos sendo filhos de Deus devemos nos comportar como tais. Estes princípios compreendem todo o modo de viver de acordo com Tsiniut. 

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