Romance ou amor!
“Minha vida, meu amor! Te amo, te quero, te adoro! Sempre estás em meus
pensamentos. Tu és o meu mundo, tudo o que me faz feliz...”
Assim e de muitas outras maneiras se expressa um romance. A propósito o que é romance?
Romance é encantamento, paixão, fascinação, sentimento e afeto,
adoração, etc. por pessoa do sexo oposto. Depois do romance a progressão lógica
é o amor. Sobre tudo é que desejamos amar e ser amado, sermos queridos e
apreciados.
O romance se encontra facilmente, mas não o amor real, o verdadeiro.
Pode ser que amor se interprete como um sentimento ou como uma atração física
por uma pessoa do sexo oposto. A percepção do amor e do romance às vezes vem de
uma musica, de um olhar expressivo ou de um cortejo bem intencionado.
A definição de amor e romance tem um significado diferente do que
muitos pensam; são como duas coisas separadas e opostas uma a outra. Pois o
amor vai alem de uma atração; da aparência pessoal, de maneira de falar com
alguém ou da forma de se vestir.
O amor é um sentimento e não uma paixão física.
Amor não é o que uma jovem ou um jovem recebe: amor é o que se dá. É
consideração, é algo que se dá sem esperar nada em troca, é sensibilidade e
interesse pelas necessidades do outro. Mas isto não é o que se dá quando o
jovem ou jovem se atraem mutuamente. Geralmente quando um rapaz e uma moça
começam a olhar-se um ao outro, romanticamente se sentem atraídos, o que segue
quase sempre é que comecem a dizer: Eu te amo. Mas na verdade se amam? Não.
Seguramente que não. Muitas vezes são adolescentes ou demasiadamente jovens
para entender o que é o amor realmente uma atração romântica. Às vezes se ouve
dizer: Te amo verdadeiramente. Mas a verdade é na realidade uma auto-atração,
mas não um amor real.
O amor não é algo que resulte repentinamente; o romance sim brota a
primeira vista. Todavia, o amor verdadeiro requer tempo; requer que se dê prova
(no bom sentido da palavra). Começa lentamente e vai crescendo, mas não tem
fim. O romance se apaga quando desaparece o amor.
Alguns dizem: Te amo hoje mais do que ontem, mas não tanto como amanhã.
Por isso dizemos que temos a determinação real do amor quando este é submetido
à uma prova. Na palavra de Deus temos um exemplo esplendido da prova de amor, a
história do amor de Jacó e Raquel. Jacó gostou de Raquel. A primeira coisa que
enfrentou foi que, quando pediu a mão de Raquel a Labão, seu pai, Labão lhe
impôs uma condição: que trabalhasse com ele por sete anos, e ao fim deste tempo
se casaria com ela.
Sabeis vós o que representam 2555 dias de espera, para que, só estão
Jacó pudesse casar-se com aquela jovem que ele havia gostado? Mas não foi só
isso. Pois a segunda prova de seu amor foi quando se completou o tempo que lhe
foi combinado, e Labão lhe enganou dando Léa, a filha mais velha, pois era o
costume daquela região onde a filha mais nova só poderia se casar depois da
mais velha. Se pretendesse casar-se com Raquel teria que trabalhar por ela mais
sete anos. Jacó amava tanto Raquel que, sem objeção, se dispôs a trabalhar mais
2555 dias para casar-se com a mulher que ele amava. Contudo, cabe aqui refletir
sobre algo mais importante.
Convém considerar que, no passar dos 14 anos, a formosura de Raquel
havia diminuído, pois o tempo sempre muda a aparência de uma pessoa; mas isso
em nada contribuiu para que Jacó diminuísse seu amor por Raquel. No fim daquele
tempo, Raquel já não era aquela jovem formosa que Jacó conhecia há 14 anos, mas
ele a amava, e seu amor não era apenas um romance. Era o amor verdadeiro, o
amor real que tudo sofre tudo crê tudo espera e tudo suporta. Isto é o que se
chama de amor verdadeiro. É isto o que os jovens sentem atualmente hoje? Uma
outra historia de amor, que não é bíblica, mas interessante a considerar para
esse momento é a historia de um jovem por nome Jorge, que conheceu uma jovem
muito formosa por nome Letícia.
Os dois eram de famílias mais ou menos acomodadas. Ela era uma moça
cristã e ele não se inclinava por nenhuma religião. No entanto, depois de combinarem
com o pai de Letícia, passado algum tempo, ele concedeu e eles se casaram.
Tanto Jorge como Letícia estavam convencidos que se amavam de verdade. Ao
passar de alguns dias após o casamento, ela sentiu como se estivesse grávida e
resolveram procurar um ginecologista. Depois da consulta e das analises, o
resultado foi que ela não estava grávida senão que tinha um tumor (quisto)
maligno no útero. Decidiram então operar imediatamente, mas ela ficou estéril.
Depois da operação ela chorava muito pensando na possibilidade de seu esposo
lhe abandonar, pois Havia perdido toda a possibilidade e esperança de gerar
filhos.
Não obstante, Jorge, que a amava de verdade, se aproximou dela e
abraçando-a lhe disse: “Leti, prossigo te querendo como sempre, não
importa o que aconteceu. Tu vives e isto é tudo o que eu necessito”.
Quão feliz se sentiu certamente Letícia, ao comprovar que seu esposo realmente
a amava, e era demasiadamente compreensivo.
Passaram-se alguns meses, e aquele casal parecia ser um casal de noivos
que haviam começado suas relações amorosas. Era a historia de um casamento
jovem; riam e gozavam a vida. Mas, depois de tudo, ela começou a sentir muitas
dores de cabaça, seguida de desfalecimento corporal e às vezes muito sono.
Pensando Jorge, que era alguma anemia passageira, a levou ao médico e
depois de várias consultas com especialistas e de alguns estudos de
laboratório, chegou o dia em que ambos choraram profundamente quando o médico
lhes disse que estava se desenvolvendo um tumor na face de Letícia, e isto
requereria uma cirurgia imediata.
Depois de explorar todas as opções e considerar as conseqüências, decidiram
que ela se submetesse a operação. Tudo foi um êxito, contudo Letícia ficou com uma
venda na face por vários dias, e quase ao terminar o período de sua
recuperação, o médico lhe disse que; havia ocorrido uma complicação em sua
operação e que não fora possível extrair o tumor de sua face sem romper o nervo
facial o que a deixaria desfigurada pelo resto de sua vida. Ademais uma parte
de sua boca ficou deformada e ela não seria mais aquela moça formosa que havia
sido antes. E quando ela ouviu todas estas coisas chorou muito, pensando que
seu marido não a queria mais da forma que avia ficado. E então perguntou a seu
marido: “Prossegues me amando da mesma maneira que me amava ante?” Enfim
chegou o dia em que tiraram as vendas de sua face. O médico, com voz meiga, já
havia lhe preparado parcialmente para o momento em que ela haveria de ver a si
mesma.
Quando ela se olhou no espelho e se viu desfigurada, com sua boca
deformada, chorou desesperadamente por muito tempo, pois esperava ansiosamente
a reação de seu esposo quando constataria se ele a continuaria amando ou
fingiria querê-la, até que dela se desfizesse pouco a pouco. A reação de Jorge
foi o que ela jamais esperava. Quando ele a viu, aproximou-se e tomando a em
seus braços lhe disse: “Leti, que importa tudo o que aconteceu. O
bom é que tu vives e isso é tudo o que eu necessito. Para mim tu prossegues
sendo tão formosa como quando te conheci. Te amarei sempre mesmo com isto que
aconteceu e até mesmo com o que aconteça no porvir.”
Com isto podemos ver que o amor, o verdadeiro não é o sentimento que
recebemos de alguém, senão o sentimento de afeto que damos aos outros. Aquele
jovem esposo na verdade havia sido romanticamente atraído por sua esposa, pois
todos nós somos, mas seu amor por ela era muito alem do que lhe representava
sua aparência pessoal. Ele a havia tomado como sua esposa para cuidar dela,
para amá-la em tempo de saúde e em tempo de enfermidade. Nada podia mudar
aquele amor. Isto é o que Yeshua nos disse quando falava de amor, dando-lhe uma
admirável definição: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15:13).
Yeshua Hamashia é nosso maior
exemplo de amor. Este amor é aquele que em Grego se conhece como ágape, o qual indica amor invariável,
um amor de boa vontade. Totalmente o contrario de éros. Éros significa amor sensual entre homem e mulher, ou seja, uma
paixão.
Yeshua manifestou este tipo de amor - ágape - para com sua amada igreja:
“... e
a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem
de água pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa sem mácula nem
ruga nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5:25-27) Pode alguém imaginar como seriam
os casamentos se cada esposo e cada esposa manifestasse este tipo amor? Não
duvido que muitos casais tenham profundamente arraigado em seu coração este
tipo de amor, mas infelizmente não é a maioria. Os índices de divórcios são
provas alarmantes disso. Todos os casamentos que fracassaram e seguem
fracassando não tiveram e nem tem este tipo de amor enraizado em seus corações.
Todos os casais falharão em proporções alarmantes a menos que todos
tanto homens como mulheres coloquem em pratica o conceito de amor como Yeshua
disse e como podemos aplicar ao amor: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que
receber”. (At 20:35) Deve-se entender bem então que o
romance é importante mas não sozinho; senão acompanhado do verdadeiro amor.
Depois do golpe repentino da paixão, a realidade do casamento e todos os seus
vínculos devem ser encarados seriamente. Os anos passam rapidamente e com ele
toda a beleza e a formosura, com isto naturalmente os casais se distanciam um
do outro, isto quer dizer que o romance e o amor devem estar perfeitamente
interligados. Não pode existir um sem o outro.
A única maneira de encontrar amor é dando amor. Quando alguém ama de
verdade, o seu pensamento a sua energia e os seus esforços estarão ligados à
pessoa a que se ama. Somente quando alguém experimenta o verdadeiro gozo de dar
“de dar amor incessantemente” é que esta pessoa ou estes cônjuges poderão dizer
que compreenderam e vivem este sentimento poderoso chamado AMOR.
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