Os mandamentos Divinos
“E os guardareis e os cumprireis, porque
isto é a vossa sabedoria e o vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão
todos estes estatutos e dirão: Somente esta grande nação é povo sábio e
entendido. Pois que grande nação há que tenha Deus tão perto de si como o
Eterno, nosso Deus, todas as vezes que O invocamos? E qual é a grande nação que
tem estatutos e juízos tão justos como toda esta Lei que eu vos dou hoje?
Somente guarda-te a ti mesmo, e guarda tua alma muito, para que não esqueças as
coisas que os teus olhos viram, e que não saiam do teu coração, todos os dias
da tua vida; e as farás conhecer aos teus filhos e aos filhos de teus filhos”.
(Dt 4:6-9)
Os mandamentos Divinos não devem
ser um simples assunto de estudo, de meditação, de trabalho cientifico ou
espiritual, mas devem entrar na vida do homem, manifestar-se nos seus atos, na
pureza e santidade de suas obras todos os dias; eles não devem estar sobre os
lábios, mas no coração; devem ser ensinados às crianças com palavras e também
pelo exemplo, pelo respeito que demostraremos a estes mandamentos em todas as
situações e todas as circunstâncias, na família e na sociedade, na pobreza e na opulência, “ao deitarmos e ao
levantarmos”. Os mandamentos Divinos devem ser praticados em nossos lares, nas relações
com os nossos próximos, nas viagens e em toda a nossa vida social. Eles não
devem ser ocultados do público, como se fosse uma vergonha praticá-los, ou por
hipocrisia, manifestados somente diante de outros, sendo banidos e violados
quando os olhos dos homens não veem.
O israelita deve honrar Deus e Sua
palavra, “sentado em sua casa e andando pelo caminho”. É preciso confessar a
verdade israelita e sacrificar-se por ela, no meio de seus irmãos e no mundo.
De manhã e à noite, em todas as condições e a todas as horas da existência,
sempre, e em todo o lugar; é preciso estar pronto a entregar sua alma pela
santificação de Deus com as palavras: “O eterno é nosso Deus, o Eterno é um”!
As
leis da Torá fazem com que a vida do homem seja calma, em ordem e honrada. Elas
são a fonte da verdadeira felicidade, na casa como na sociedade: contribuem a
preservar a saúde física e moral e, por conseguinte, prolongar os dias. A
eficiência destes mandamentos se acha demonstrada na mesma existência do povo
israelita, o qual, sendo privado por tantos anos de toda força material,
dispensado e perseguido em quase todos os países do mundo, sobrevive até hoje;
o que não aconteceu com outros povos, com todas as suas armadas e poderes
políticos e sociais. Se o judaísmo existe e prosperou até hoje, foi graças à
educação religiosa ministrada às crianças. Muitas são as declarações da Torá e
do Talmude a respeito deste dever: E estarão estas palavras que eu te ordeno
hoje no teu coração, e as inculcarás a teus filhos etc. (Dt 6:6-7). “O pai que
ensina a Torá a seu filho, tem o mesmo mérito como se houvesse recebido
diretamente do monte Sinai” (BereshitRabá 10)
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